Definitiva e totalmente.
Efervescia o movimento de
Igreja em células, com os seus Encontros a portas fechadas, estilo lavagem
cerebral.
Em um desses, realizado numa
mega-igreja de Belo Horizonte, esteve presente o meu querido irmão Silas.
Professor Silas, de saudosa memória. Piedoso e sempre envolvido com os ideais
de fé, quis participar e conhecer melhor aquela “nova onda” que tanta
empolgação estava trazendo à igreja.
O envolvimento emocional e
espiritual dos participantes era intenso, com mensagens de estímulos, seguidas
de desafios e palavras de ordem.
Em uma das reuniões foi
distribuído, aos muitos participantes, extensa e abrangente lista, contendo
interminável relação de possíveis pecados praticados. A lista era completa e sugestiva. De situações menores e
bizarras a pecadões de todo tamanho.
A orientação é que se fizesse
leitura completa e se assinalasse todos os pecados eventualmente
praticados, que deveriam ser, posteriormente, confessados um por um; tim-tim
por tim-tim.
Até aí, tudo bem ou...mais ou
menos bem. O problema é que no dia seguinte, a mesma lista, com a mesma relação
de possíveis pecados, voltou a ser distribuída para os mesmos participantes.
O Silas, verificando que se
tratava de repetição do dia anterior, raciocinou o óbvio: “mas isto já me foi anteriormente
dado e orei e pedi perdão daquilo ou naquilo onde entendi ter falhado. Já não assumi? Já não
confessei? Já não pedi perdão? Porque novamente? A mesma coisa?, observou-me ele, em
conversa de amigos e irmãos fraternos
Pois é. Pouco ou nada a ver
com o “consummatum
est”.
Afinal, o que, efetivamente,
está dizendo ou querendo dizer Paulo quando afirma:
“Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós....removeu-
o inteiramente, encravando-o na
cruz”? O que significa “remover
inteiramente” ?
O escritor de Hebreus
afirma com todas as letras:
“De nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas
iniqüidades para sempre”.
O que, afinal, quer dizer “para sempre” ?
E ainda:
“Perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me
lembrarei”. O “jamais me lembrarei” é ou não é pra valer?
O profeta Miquéias, usando de metáfora e certamente que vendo a
cruz distante, declarou:
“E lançará todos os nossos pecados nas profundezas
do mar”,
e,
ainda, terá posto uma plaquinha de advertência com os dizeres: “ É
proibido pescar”, sugere Corrie Tem
Boom, autora de “Refúgio
Secreto”.
Ao invés de ficar me afligindo com lista de sugestões de pecados,
prefiro “ trazer à memória
aquilo que me pode dar esperança”, nunca
me esquecendo de que “as misericórdias
do Senhor não tem
fim” e “se renovam a cada manhã”.
Um beijo,
Dnl
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