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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Defititivamente perdoados


              
Definitiva e totalmente.

Efervescia o movimento de Igreja em células, com os seus Encontros a portas fechadas, estilo lavagem cerebral.

Em um desses, realizado numa mega-igreja de Belo Horizonte, esteve presente o meu querido irmão Silas. Professor Silas, de saudosa memória. Piedoso e sempre envolvido com os ideais de fé, quis participar e conhecer melhor aquela “nova onda” que tanta empolgação estava trazendo à igreja.

O envolvimento emocional e espiritual dos participantes era intenso, com mensagens de estímulos, seguidas de desafios e palavras de ordem.

Em uma das reuniões foi distribuído, aos muitos participantes, extensa e abrangente lista, contendo interminável relação de possíveis pecados praticados. A lista era completa e sugestiva. De situações menores e bizarras a pecadões de todo tamanho.

A orientação é que se fizesse leitura completa e se assinalasse todos os pecados eventualmente praticados, que deveriam ser, posteriormente, confessados um por um; tim-tim por tim-tim.  

Até aí, tudo bem ou...mais ou menos bem. O problema é que no dia seguinte, a mesma lista, com a mesma relação de possíveis pecados, voltou a ser distribuída para os mesmos participantes.

O Silas, verificando que se tratava de repetição do dia anterior, raciocinou o óbvio: “mas isto já me foi anteriormente dado e orei e pedi perdão daquilo ou naquilo onde entendi ter falhado. Já não assumi? Já não confessei? Já não pedi perdão?  Porque novamente? A mesma coisa?, observou-me ele, em conversa de amigos e irmãos fraternos

Pois é. Pouco ou nada a ver com o consummatum est”.

Afinal, o que, efetivamente, está dizendo ou querendo dizer Paulo quando afirma:

“Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós....removeu-
o inteiramente, encravando-o na cruz”? O que significa “remover
inteiramente” ?

O escritor de Hebreus afirma com todas as letras:

“De nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas
iniqüidades para sempre”. O que, afinal,  quer dizer “para sempre” ?

E ainda:

“Perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me
lembrarei”. O “jamais me lembrarei”  é ou não é pra valer?

O profeta Miquéias, usando de metáfora e certamente que vendo a
cruz distante, declarou:

“E lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar”, e,
ainda, terá posto uma plaquinha de advertência com os dizeres: “ É
proibido pescar”, sugere Corrie Tem Boom, autora de “Refúgio
Secreto”.

Ao invés de ficar me afligindo com lista de sugestões de pecados,
prefiro “ trazer à memória aquilo que me pode dar esperança”, nunca
me esquecendo de que “as misericórdias do Senhor não tem
fim” e “se renovam a cada manhã”.

Um beijo,

Dnl

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