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quinta-feira, 5 de junho de 2014

Homenagem





Pessoas que me são de todo especiais, estão fazendo aniversário: O Regis, ontem, e a Déia, minha mulher, hoje 4a. feira, 5 de junho.
O escritor diz em provérbios: “ O amigo Ama em todo o tempo e na angústia ele se revela um irmão”. Encontrei no Reginaldo o Amigo(com “A” maiúsculo mesmo!) de que tanto precisei em dias de vacas magras e de cruel apedrejamento. Trata-se de alguém que, não se posicionando à base de conveniências, é capaz de se expor, de mostrar a cara, de assumir posições corajosas ao lado daquilo que entende ser justo e correto. Parabéns à Primeira Igreja Batista de São Leopoldo pelo pastor que tem.
Quanto à Déia, entrou em minha vida há doze anos, quando vivia o terror noturno e me debatendo em águas revoltas e traiçoeiras. E quando se está afogando, na escuridão da noite, vai-se atracar, desesperado, a qualquer coisa que passe por perto, no instinto de sobrevivência. Se uma sucuri, agarra-se a ela; se um crocodilo, atraca-se a ele. No meu caso, nem sucuri, nem crocodilo mas um Iate, que me acolheu e me tem trazido de volta a estabilidade que perdera.
A eles a minha homenagem e gratidão!

sábado, 17 de maio de 2014

Atrasado mas com permanente gratidão




Os meus filhos, (e por filhos, me refiro a filhos biológicos, noras, genro e netos) já postaram uma mensagem de gratidão a respeito da comemoração de meus 70 manos.

Desejo, no entanto, dizer a todos que estiveram  aqui no Vale da Serra, de minha gratidão pessoal, não apenas por terem vindo mas, também, pelo carinho e calorosa amizade demonstrados .
Com certeza, a noite de 3 de maio ficará como uma dos melhores momentos de minha história de vida.  Ganhei muitos presentes mas o maior deles foi vocês terem subido a serra  para estarem comigo. Não tem preço!

O Daniel repassou-me cartas, todas elas comoventes e cheias vida e boas recordações. Gostaria de mencioná-las aqui, uma por uma mas,  para não me alongar no texto, limito-me a palavras de meu grande amigo, Pastor Rosivaldo de Araújo, uma das melhores referências do evangelho neste pai e  a quem conheço desde o início dos anos 60.

“Amado Daniel”, diz Rosivaldo, “ sempre estivemos juntos nas horas festivas, nas comemorativas da construção dessa obra da Renovação Espiritual. E agora, no seu aniversário, fala bem alto do apreço que temos por você. Espero continuarmos juntos na construção desse Reino glorioso do Senhor Jesus”.

Àqueles que não puderam vir, ou porque não tiveram conhecimento ou por algum impedimento ocasional, (recebi mensagens via e-mail, facebook, telefone, neste sentido), a minha compreensão e também o meu agradecimento. Alguns vieram na semana subseqüente(família Souza Santos) trazendo alegria, descontração  e um delicioso feijão tropeiro que fartamente saboreamos até bem tarde da noite.

Aproveito para dizer que a nossa casa aqui no Vale da serra está aberta a todos vocês. Se há uma coisa que eu e a Déia realmente gostamos é receber pessoas amigas para bater papo e trocar experiências.

Um grande abraço,

Daniel

Setenta anos!

[70 Anos] - Tínhamos em mente uma festa...
Aquela tarde-noite aos pés da Serra de Igarapé permanecerá para sempre.
Chegavam os primeiros convidados por volta das 16 horas, e tínhamos em mente uma festa. Uma homenagem pelos 70 anos do nosso velho pai, sogro, tio, marido, cunhado, pastor, amigo etc. que tanto marcou a nossa vida.
Mas o que se seguiu ali no Vale da Serra foi além do que pensamos.
Em primeiro lugar, os convidados não paravam de chegar: confirmados, não confirmados... Êta povo deliciosamente imprevisível esta nossa gente brasileira! Tá certo que os anfitriões ficaram numa “saia justa”, mas o que Deus tinha em mente para aquela noite era bem melhor do que comida e bebida.
Amigos e entes queridos vieram das mais diversas localidades, algumas bem distantes: Amparo, Betim, Belo Horizonte, Bocaiuva, Brasília, Brumadinho, Inhaúma, Janaúba, Montes Claros, Piracicaba, Porto Alegre, São Paulo, Vila Velha.
Uma amiga da família escreveu dias depois da festa, “Estava um ambiente muito agradável (...) e o tempo permanecido ali foi muito especial”. Sim, o ambiente estava especial porque foi marcado pela alegria do reencontro, da reconciliação com a história, pela leveza do improviso e da espontaneidade. Pessoas cantaram, pessoas se manifestaram publicamente, pessoas sorriram.
Por tudo que se passou ali, nossa gratidão a Deus, Aquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos.
E a vocês, amigos e familiares, o nosso muito obrigado por terem uma vez mais nos brindado com a amizade e companhia de vocês naquela memorável noite de 03 de maio de 2014, em Igarapé.
Forte abraço a todos,
Filhos, netos, noras e genro de Daniel Leite Fonseca


Nota: querendo se comunicar com o aniversariante, os dados de contato estão abaixo:
Daniel Leite Fonseca danielleitefonseca@gmail.com  (31)8814-8825

domingo, 20 de abril de 2014

Vespeiro

Acabo de ler o livro “A Força da Luz”, do irmão André, de Portas Abertas, em parceria com Al Janssen. 

É um interessante relato de contatos com o Hamas, e do sofrimento do povo palestino,sobretudo da pequena comunidade cristã da região. 

Ficam-me duas certezas:

1. Não vejo a menor possibilidade de paz entre Israelenses e palestinos, a partir de negociações político/diplomáticas. Paz ali, só um milagre; somente uma ação sobrenatural de Deus; 

2. É assustadora e desconcertante a truculência do Estado Judaico para com os palestinos. Pouca diferença do comportamento nazista para com os mesmos judeus, na Alemanha de Hitler.
 
Me pergunto se os pastores que, ufanistas, ficam glorificando a Estrela de David e mantendo-a hasteada nos púlpitos de suas igrejas, tem consciência da bobagem e insensatez que estão cometendo. Não seria melhor a bandeira da Cruz, com sua mensagem de paz e reconciliação por meio do sangue de Cristo?

sábado, 12 de abril de 2014

De Paulo Brabo(Bacia das Almas)

"...a Bíblia é de uma ponta à outra, do Gênesis ao Apo­ca­lipse, uma polêmica contra a civilização.
Ao contrário dos livros sagrados e épicos de outras tradições, a Bíblia não reserva uma palavra para louvar a orga­ni­za­ção soci­o­po­lí­tica, as con­quis­tas militares, os avanços tec­no­ló­gi­cos e culturais e a vida urbana.
A obsessão do homem com a civi­li­za­ção e com o progresso é que tem sua validade con­ti­nu­a­mente desafiada pela narrativa bíblica. Deus não entende como os homens podem querer sitiar-se numa cidade quando poderiam cuidar de um jardim; não entende como podem querer amontoar-se num edifício de apar­ta­men­tos quando poderiam espalhar-se pelo mundo falando diversas línguas; não entende como podem querer um rei, quando poderiam colher os frutos dourados da liberdade e da res­pon­sa­bi­li­dade indi­vi­du­ais. Os profetas não entendem como as pessoas podem querer o lucro quando poderiam ter a equidade, querer a pros­pe­ri­dade quando poderiam ter a justiça. Jesus, que não tinha onde reclinar a cabeça, não entende que possam querer ajuntar em celeiros quando poderiam deitar-se ao sol como a erva, que queiram cole­ci­o­nar em sacos sem fundo moedas sem valor quando poderiam no coração empilhar barras sem conta do ouro do amor. E os colonos do Reino no livro de Atos, pon­de­rando essa herança toda, não entendem como homens que não têm nada a perder podem continuar querendo a pro­pri­e­dade, quando podem ter tudo em comum".

sábado, 5 de abril de 2014

Fé - felicitas - felicidade


Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado. Todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. (Hab.3:17,18)
.
Normalmente a compreensão se tem de felicidade está ligada a fatores externos e conjunturais de nossas vidas, a partir do cotidiano de cada um. Então, se o casamento vai bem, se o time do coração está na ponta(de cima, é claro!), se não sobra mês no final do salário, os filhos estão bem na escola, a família vai bem de saúde; se assim é ou está sendo, somos felizes. Em contrapartida, se o casamento está mal, o noivado acabou, o salário não deu, o time está a caminho da segunda divisão( o meu América sempre luta para não cair para a terceira!), o filho está envolvido com drogas, etc., Quanto sofrimento! Somos infelizes! Temos todos os motivos do mundo para ser.

Percebemos que Deus nem sempre dá felicidade a seus filhos, no sentido de circunstâncias perfeitas. A rigor, Jesus, ao nos livrar da “felicidade”(sensação de bem-estar, baseada nas circunstâncias da vida), nos livra, também, da infelicidade, resultante de circunstâncias adversas. Deixamos de ser escravos dos acontecimentos. E livres da infelicidade, não mais precisaremos de escapismos; de ficar fugindo da vida. Tornamo-nos capazes de encará-la de frente. Como ela é. Deixamos de imaginar felicidade em termos de pessoas, de relacionamentos, de planos e circunstâncias sempre se encaixando naquilo que gostaríamos. Até porque, a vida não é assim. 

A Bíblia fala de homens e mulheres que tiveram que caminhar na contramão e, em razão disso, atraíram para si mesmos sofrimentos de toda ordem. Estêvão, Paulo, os heróis da fé, de Hebreus 11, são bons exemplos. Neemias, tendo diante de si uma Jerusalém devastada, foi capaz de dizer: “A alegria do Senhor é a nossa força”(8:10); Paulo, que nada tinha de masoquista, declarou sentir prazer nas próprias fraquezas. O místico Sundhar Singh, nascido em berço de ouro mas expulso de casa em razão de seu impressionante encontro com Cristo, teve que dormir, em sua primeira noite fora de casa, em cima de uma árvore, apoiado em um galho. Posteriormente veio a afirmar: ”Aquela foi a primeira noite que passei no céu”!
A conclusão obvia é que a fé nos traz uma nova compreensão de felicidade. Uma dimensão de vida que não depende dos eventos e das pressões à nossa volta. Ela enxerga mais longe e constata que Deus é sempre bom e que toda e qualquer circunstância da vida vai cooperar, em última análise, para o nosso fortalecimento - não importando as aparências.

Abração!

terça-feira, 1 de abril de 2014

Nossos encontros


Informais e normalmente aos domingos, pela manhã. O horário combinado é 10:30 horas mas sem lá muita rigidez, tanto para começar quanto para terminar. A frequência varia de encontro para encontro. Às vezes uma dúzia, outras vezes bem mais e, ainda outras, a sala cheia. Ao final, levantamos uma oferta para cobrir nossas despesas, que são poucas. Isto quando lembramos, porque às vezes esquecemos de fazê-lo. Tudo muito livre. Ninguém forçado a contribuir.
Posto que informais, os encontros seguem um roteiro natural: a mesa com café, biscoitos, salgados, sucos, refrigerantes, é posta logo de início. Quem chega vai fazendo o seu lanche, que é repetido na medida da liberdade e paladar de cada um. Eu, por exemplo, tomo café umas três vezes durante o encontro e ninguém se incomoda com isso. Enquanto lanchamos, conversamos, trocamos ideias, rimos e brincamos. Depois, vamos nos assentando, para o discernimento da Palavra. Pode ser que alguém tome um violão e, então, cantamos hinos ou corinhos que sejam coerentes com a nossa compreensão do Evangelho. Nada de “sapatinho de fogo”, “queima, queima com o fogo da glória”, “subo o morro e desço o morro”. Proibido? Não. O problema é que não dá, não cabe. Nada tem a ver conosco.
Faço, a seguir, considerações sobre algum tema bíblico de caráter prático para a nossa caminhada de fé. Enquanto falo, sou, não poucas vezes, interrompido por algum participante que queira enriquecer o assunto, com a compreensão que tenha do mesmo. Todos podem falar. Ninguém é melhor que ninguém. Todos podem e são estimulados a contribuir. A experiência me tem ensinado que uma palavra, por mais simples que seja e vinda, mesmo que de uma criança espiritual, pode ser a Palavra de Deus para nós naquele momento. “E um menino os guiará”(Is.11:6)
Ali pelo meio-dia/meio-dia e meio, vamos chegando ao final do nosso encontro. Às vezes avançamos um pouco mais, dependendo do interesse despertado pelo assunto. Quem quiser é, no entanto, livre para sair a hora que bem entender, sem que isso nos constranja.
Eu sei e reconheço: é simples demais e não merece lá muito crédito, para os padrões e entendimento de igreja, que se impôs sobre todos nós, no decorrer dos anos. O nosso interior, já condicionado por modelos e estilos grandiloquentes e, sobretudo, pelo desejo de construir projetos pessoais, pede mais que isso. Enquanto puder, assim seremos e assim ficaremos, sem, no entanto, esquecer: somos livres!
Beijão!
Em tempo: o encontro do domingo passado foi rico e gratificante. Falamos sobre felicidade. A contribuição dos participantes me impressionou. Na verdade passei o dia de ontem “ruminando” algumas das colocações feitas. Sobre isto, falarei depois.
 ...

domingo, 30 de março de 2014

Holocausto de judeus, na Alemanha?

"Ao seguirem pelados para o pátio...iniciavam o mesmo ritual da madrugada anterior. Em movimentos ritmados, agrupavam-se tão próximos, que formavam uma massa humana. Vagavam juntos, com os braços unidos, para que o movimento e a proximidade ajudassem a aquecer. Os de dentro da roda, mais protegidos do vento, trocavam de lugar com os de fora. Assim, todos conseguiam receber calor, pelo menos por algum tempo. Os que ainda vestiam alguma coisa entregavam os trapos para acender fogueira. Nem sempre havia pano suficiente para alimentar o fogo, mas cada um procurava colaborar com o que dispunha. Difícil imaginar que, em meio ao abandono extremo, ainda restasse forças para ajudar".
Se você está pensando que a descrição acima diz respeito ao holocausto nazista, se enganou. Nada disso. É, sim, holocausto humano, nojento, insuportável mas brasileiro, aqui bem pertinho de nós, na cidade de Barbacena. onde 60 mil brasileiros sucumbiram ao sofrimento, na mais degradante das condições.("Holocausto Brasileiro", da premiada jornalista
Daniela Arbex)

sexta-feira, 14 de março de 2014

Cantando a fé (Cantoria do próximo domingo, 16 de março)

Cantando a fé
 
Será neste domingo, vendo a imponente Pedra Grande e contemplando a beleza da Serra de Igarapé. Iremos cantar hinos do "Cantor Cristão" que por décadas ou séculos tem inspirado a igreja de Cristo em todos os lugares.

Vamos dividir o ”cantando a fé” em três momentos

No primeiro, o Daniel Andrade vai nos conduzir no cântico dos hinos, à medida que forem sendo solicitados; no segundo, vamos, se tudo der certo, ouvir o Pr. Reginaldo cantando, via internet; no terceiro momento, bastante livre, vamos ouvir duetos, solos, quartetos, etc., Nada ensaiado. Tudo simples, informal e improvisado.

Se puderem trazer biscoitos ou prato com salgados, refrigerante ou suco, tanto melhor. De qualquer modo, não deixem de vir. Serão momentos de descontração, de alegria e refrigério.
Entrem no meu blog(danielleitefonseca.blogspot.com.br) e encontrarão detalhes sobre como aqui chegar.

Estou esperando todos vocês

 Abração,

terça-feira, 11 de março de 2014

Cantando a fé

Cantando a fé

Veja como chegar no Vale da Serra de Igarapé:

Seguir a BR 381, em direção a São Paulo.
Subir a serra de Igarapé até depois do Km 517
Entre os kms 517 e 518, primeira entrada, necessàriamente à direita.
Assim que sair do asfalto, descer à esquerda, sempre no calçamento, até a entrada do Condomínio Vale da Serra(mais ou menos dois e meio a três Km desde a saída da Br 381.
Perguntar na portaria(caso esteja fechada) pela casa de Daniel ou Pr. Daniel. Todos vão informar.
Veja o croquis abaixo:

Cantando a fé

Veja como chegar no Vale da Serra de Igarapé:

Seguir a BR 381, em direção a São Paulo.
Subir a serra de Igarapé até depois do Km 517
Entre os kms 517 e 518, primeira entrada, necessàriamente à direita.
Assim que sair do asfalto, descer à esquerda, sempre no calçamento, até a entrada do Condomínio Vale da Serra(mais ou menos dois e meio a três Km desde a saída da Br 381. 
Perguntar na portaria(caso esteja fechada) pela casa de Daniel ou Pr. Daniel. Todos vão informar.

Cantando a fé





“Abrigo perfeito”, composição do Pastor brasileiro, Manoel Avelino de Souza(1886-1962). é um dos belos hinos que vamos cantar no próximo domingo, aqui no Vale da Serra de Igarapé. Venha cantar conosco!

Abrigo Perfeito

Deus é meu abrigo em todo vendaval;
Nele tenho, pois, toda proteção.
Vivo confiando em seu poder real,
Sem qualquer perturbação.

Os perigos que me cercam muitos são,
Fortes tentações assaltar-me vêm;
Hostes infernais formadas sempre estão,
Combatendo todo bem!

refrão
Deus me guiará, guiará,
Sim, Deus me guiará;
Deus me guardará,
O meu Deus me guardará!

O meu Deus não me abandonará porém,
Onde o mal poder tenha de atacar;
Ele me protege como lhe convém,
Nunca irei desanimar.

Eu guardado estou, andando em seu amor,
Abrigado em seu divinal poder;
Sim, prossigo vitorioso, sem pavor,
Por não ter o que temer!

Cantando a fé

Aos que vierem cantar conosco no dia 16:

Percebo que poucos possuem ou sequer conhecem o hinário "Cantor Cristão". Não se preocupem. Com o título "Cantando a fé", o Alberto se prontificou a preparar, para a ocasião, uma coletânea com a letra de todos os hinos que selecionamos 

Estou esperando vocês aqui no Vale da Serra!

Cantando a fé

VENHA CANTAR CONOSCO!

Hinos selecionados para a cantoria do dia 16.

Tenho lá minhas restrições a alguns hinos do Cantor Cristão. A maioria deles, no entanto, é bíblica, robusta em sua mensagem e com vigorosa ênfase na pessoa de Cristo e de sua obra redentora. Exalta o amor e o cuidado de Deus; fala do perdão pela cruz e da segurança eterna nEle. Veja a seleção que fiz para cantarmos aqui no Vale da Serra, no domingo à tarde, 16 de março.

- A Deus demos glória (15)
- Ao Deus de Abraão louvai (14)
- Ao Deus de amor e de imensa graça (7)
- Aflito e triste coração (344)
- Achei um grande amigo (73)
- Castelo Forte (323)
- Chegado a cruz (282)
- Chuvas de bênçãos (168)
- Da linda pátria (484)
- Deus é meu abrigo (319)
- Eis morto o Salvador (99)
- Em Jesus amigo temos (155)
- Em nada ponho a minha fé (366)
- Já refulge a glória (112)
- Jesus Pastor Amado (381)
- Louvamos-te oh Deus (135)
- Mais perto (283)
- Meu pecado resgatado (167)
- Nem sempre será (298)
- Noventa e nove (39)
- Onipotente Rei (5)
- Ó Mestre, o mar se revolta (328)
- Oh! Deus bendito (156)
- Oh! Como é grande (349)
- Oscilando minha fé (322)
- Qual adorno (380)
- Quero estar ao pé da cruz (289)
- Quero ser um vaso de bênção (304)
- Que consolação (314)
- Rocha Eterna (371)
- Santo, santo, santo (9)
- Saudai o nome de Jesus( 60)
- Se paz a mais doce (398)
- Seguro estou (324)
- Seja bendito o Cordeiro (123)
- Sou forasteiro (207)
- Tu, que sobre (164)
- Vamos nós louvar (385)
- Vem Espírito (116)
- Vivo feliz(Que segurança) (375)

Observações:
1. São 40 ao todo. Outros mais poderia ter selecionado mas penso que estes sejam suficientes.O número entre parêntesis corresponde à numeração no Cantor Cristão.
2.Se conseguir quem me dê suporte, improvisarei um hinário com as letras de todos eles, para o nosso encontro. Com o hinário em mãos, iremos cantando à medida que os participantes forem solicitando. Quem, todavia, possuir o Cantor Cristão(poucos, eu sei) fará bem em trazê-lo

Cantando a fé

Um dos meus hinos prediletos do Cantor Cristão, é o belíssimo e suculento poema de um calvinista convicto. Augustus Topplady viveu no séc. 18(1740-1778), vindo a falecer, como se percebe, com apenas 38 anos. Precoce e de inteligência incomum, começou a pregar aos 12 anos e a escrever hinos aos 14. Pastor anglicano aos 22 anos , foi opositor declarado do arminianismo wesleyano. Ao final de seu artigo “O perdão de Deus”, deixou registrado o hino que o imortalizou: “Rocha Eterna”, 371 do Cantor Cristão. Com certeza, vamos cantá-lo no próximo dia 16, aqui na vale da Serra de Igarapé. Espero ter você cantando conosco

Rocha Eterna, foi na cruz
Que morreste tu, Jesus;
Vem de Ti um sangue tal
Que me limpa todo mal;
Traz as bênçãos do perdão:
Gozo, paz e salvação

Nem trabalho, nem penar
Pode o pecador salvar
Só tu podes, bom Jesus,
Dar-me vida, paz e luz
Peço-te perdão, Senhor
Pois confio em teu amor

Eis que vem a morte atrás
Desta vida tão fugaz;
Quando eu ao meu lar subir,
E seu rosto em glória vir,
Rocha Eterna, que prazer
Eu terei de em Ti viver

Cantando a fé

“Em Nada ponho a minha fé, senão na graça de Jesus;
No sacrifício remidor, no sangue do bom redentor.

A minha fé e o meu amor
Estão firmados no Senhor" (Sec. 19)

Dentre outros, este é um dos belos hinos que vamos cantar no dia 16 de março, aqui no pé da serra de Igarapé.

Espero vocês, de coração e portas abertas a quantos queiram vir, sobretudo aqueles que viveram sua infância cantando estes grandes monumentos de fé

Estou convidando!



Ouvi a sugestão, gostei e agora estou convidando.
Guarde esta data: domingo, 16 de março, à tardinha, aqui no Vale da Serra de Igarapé. Vamos cantar. Somente cantar os grandes hinos ( “Cantor Cristão”) que tem inspirado e trazido vida à Igreja de Cristo em cada esquina de século.
Espero você, aqui no pé da serra, cantando com a gente. Sem pressa de ir embora!
Valeu?

sábado, 24 de agosto de 2013

Chamamento



Gente boa e consciente de sua fé,

A seca no Norte de Minas é, sem dúvida, a maior das últimas décadas. Não há pastagens para o rebanho, os riachos já estão secos, os açudes e barragens também estão secando e a desolação e o desespero vão tomando conta de todos, sobretudo das milhares de famílias que tiram de seu pedacinho de terra o sustento de cada dia. Ainda que a estação chuvosa chegue mais cedo, não há mais como evitar a escassez, a miséria e o desespero de nossos irmãos sertanejos.
A mesma bíblia que declara que pela graça e por meio da fé somos salvos( e assim é!), também afirma com todas as letras: “ A fé sem obras é morta”.
Discussões e questionamentos teológicos sobre o assunto são ridículos, quando convocados a socorrer os nossos irmãos. Jesus foi claro: “Sempre que o fizestes a um desses meu pequeninos irmãos, a mim o fizestes” e, também, “Todas as vezes que vocês deixaram de ajudar uma destas pessoas mais humildes, foi a mim que deixaram de ajudar”.

Vamos, em nosso encontro fé consciente de amanhã, encarar o desafio de ajudar os nossos irmãos do sertão mineiro. Tiraremos um tempo para ouvir opiniões, sugestões e, ao final, lançar uma vigorosa e bem coordenada campanha nesse sentido.

Peço com veemência: Não falte ao encontro de amanhã. Não fique de fora! Envolva tantos quantos você puder.

Um abraço,

Dnl

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Papo Fé Consciente - Quarta-feira(30.07.2013)

                                                      Minha avaliação

Eu, pessoalmente, estava precisando de um papo, como o de ontem. Cheguei com as minhas ansiedades e incertezas e saí com a alma apaziguada pela renovação da certeza de que “este é o caminho – andai por ele”.

O vídeo, com as falas do Papa Francisco, foi enriquecedor, creio que para todos. Que estranho! Um grupo de cristãos “protestantes” ouvindo e aprendendo, numa noite de quarta-feira, com o papa. Aprendendo e sendo notoriamente edificados. 


Acostumados ao velho estilo “sua santidade, o Papa”, “o poderoso bispo de Roma”, “representante de Cristo na terra”, infalível, etc.etc., nos deparamos, estupefatos, com uma figura simples, modesta, que se declara gente como nós, que defende um estilo de vida conforme a simplicidade do Evangelho, que responde de maneira singela e com transparência a todas as perguntas que lhe são feitas, que se mostra sensível ao sofrimento de crianças famintas, de velhos relegados ao desprezo e abandono e que parece dar pouca importância ao dinheiro. Realmente eu, um batista histórico e outrora arraigado, nunca poderia me imaginar nesse tipo de experiência. 

Quanto a nós, enquanto comunidade, as colocações feitas por todos, em especial as do Humberto, do André(da Cibele), do Rogério, do Charles, fizeram a minha alma sossegar. Ficou-me bem claro: a velha matriz religiosa, ativista e cobradora de resultados imediatos, persiste em pressionar e mostrar suas garras. 


Precisamos, sim, cultivar um estilo de vida que naturalmente frutifique. Mas uma maneira de ser e não um conjunto de ações ou iniciativas humanas, mesmo que em nome de Deus, para satisfazer às nossas cobranças interiores e responder às expectativas daqueles que nos cercam .

Voltei para o Vale da Serra de Igarapé com a alma pacificada e pude dormir “calmo, sereno e tranqüilo” 


Graças a Deus!


Dnl

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Reproduzindo do Genizah


Uma sobrevivente da visão celular de Rene Terra Nova conta TUDO!


Roselaine Perez


Eu tive que digerir depressa demais o amontoado de quesitos que a Visão Celular possuía, parecia que tinha mudado de planeta e precisava aprender o novo dialeto local, e urgente, para conseguir me adaptar.

Ganhar / consolidar / discipular / enviar, almas / células/ famílias, Peniel, Iaweh Shamá, honra, conquista, ser modelo, unção apostólica, atos proféticos, mãe de multidões, pai de multidões, conquista da nação, mover celular, riquezas, nobreza, encontro, reencontro, encontros de níveis, resgatão, Israel, festas bíblicas, atos proféticos, congressos, redes, evento de colheita, prosperidade, recompensa, multidão, confronto, primeira geração dos 12, segunda geração dos 12, toque do shofar, cobertura espiritual, resultado, resultado, resultado, etc...

Era início do ano de 2002 quando fomos a Manaus, eu e meu marido, para recebermos legitimidade, enquanto segunda geração dos 12 do Apóstolo Renê Terra Nova no estado de São Paulo.As exigências eram muitas e muito caras:

  • Compra do boton sacerdotal num valor absurdo. 

  • Hospedagem obrigatória no Tropical Manaus, luxuoso resort ecológico, às margens do Rio Negro, não um dos mais caros, mas “O” mais caro de Manaus (conheci Pastores que venderam as calças para pagar 2 diárias no tal resort e outros que deixaram a família sem alimentos para entrar na fila dos zumbis apostólicos, num Thriller nada profético).
  •  Trajes de gala Hollywoodianos.
  •  Participação obrigatória num jantar caro da preula após a cerimônia, tendo como ilustre batedor de bóia nada menos que o Apóstolo Renê e seus cupinchas.
  • Tudo isso para ter a suprema dádiva de receber a imposição de mãos do homem, com direito a empurradinha na oração de legitimação e tudo ( uhuu!).

Nem mesmo em festa de socialite se vê exageros tão grandes em termos de exibição de jóias, carros, roupas de grife e todo tipo de ostentação escandalosa.

Hoje, sem a cachaça da massificação na cabeça, sinto vergonha e fico imaginando como Jesus seria tratado no meio daquela pastorada.

Ele chegaria com sandálias de couro, roupa comum, jeito simples, não lhe chamariam para ser honrado, nem tampouco perguntariam quem é o dono da cobertura dele , pois deduziriam que certamente dali ele não era.

Estive envolvida até a cabeça – porém não até a alma – na Visão Celular durante quase 5 anos, em todas as menores exigências fui a melhor e na inspiração do que disse Paulo "...segundo a justiça que há na lei dos Terra Nova, irrepreensível."


 Entreguei submissão cega às sempre inquestionáveis colocações e desafios do líder, sob pena de ser rebelde e fui emburrecendo espiritualmente.

Me pergunto sempre por que entrei nisso tudo e depois que este artigo terminar talvez você me pergunte o mesmo, mas minha resposta tem sempre as mesmas certezas:

-->  Todos nós precisamos amadurecer e, enquanto isso não acontece, muitas propostas vêm de encontro às fraquezas que possuímos e que ainda não foram resolvidas dentro de nós.

A partir da minha experiência pude enxergar as três principais molas propulsoras que fazem funcionar toda essa engrenagem:

1) A lavagem cerebral

A definição mais simples para lavagem cerebral é “conjunto de técnicas que levam ao controle da mente; doutrinação em massa”.

Em todas as etapas da Visão Celular se pode ver nitidamente vários mecanismos de indução, meios de trabalhar fortemente as emoções onde o resultado progressivo desta condição mental é prejudicar o julgamento e aumentar a sugestibilidade.

Os métodos coercivos de convencimento, os treinamentos intensos e cansativos que minam a autonomia do indivíduo, os discursos inflamados, as músicas repetitivas e a oratória cuidadosamente persuasiva são recursos que hoje reconheço como técnicas de lavagem cerebral, onde há mudanças comportamentais gradativas e por vezes irreversíveis.

2) Grandezas diretamente proporcionais

O Silvio Santos manauara é uma incógnita.Se em por um lado ele é duro e autoritário, noutro ele é engraçado, carismático e charmoso. Num dos Congressos em Manaus, me levantei da cadeira para tirar uma foto dele, que imediatamente parou a ministração e me chamou lá na frente. Atravessei o enorme salão com o rosto queimando, certa de que iria passar a maior vergonha de toda a minha vida, que o “ralo” seria na presença de milhares de pessoas e até televisionado.Quando me aproximei não sabia se o chamava de Pastor, Apóstolo, Doutor, Sua Santidade ou Alteza, mas para minha surpresa ele abriu um sorriso de orelha a orelha e fez pose, dizendo que a foto sairia bem melhor de perto. A reunião veio abaixo, claro, todos riam e aplaudiam aquele ser tão acessível e encantador. 

Acontecimentos assim, somados à esperta e poderosa estratégia de marketing que Terra Nova usa para transmitir suas idéias, atraem para ele quatro tipos de pessoas:

  • As carentes de uma figura forte (o povo simples que chora ao chamá-lo de pai).
  •  As que desejam aprender o modelo para utiliza-los em seus próprios ministérios falidos.
  • Aquelas que desejam viver uma espécie de comensalismo espiritual, que vivem de abrir e fechar notebooks para ele pregar, ganhando transporte e restos alimentares em troca, as rêmoras da Visão.
  • As sadomasoquistas espirituais. É tanta punição, tanto sacrifício, tanta submissão, que fica óbvio que muita gente se adapta a esse modelo porque gosta de sofrer. As interpretações enfermas do tipo “hoje eu levei um peniel do meu discipulador, então me agüentem que lá vou eu ensinar o que aprendi.”, eram a tônica das ministrações.
Pode acreditar que essas quatro classes de pessoas representam a grande maioria.

3) A concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e a soberba da vida

O conceito da Visão Celular mexe demais com o ego, é sedutor, encantador, promissor, põe a imaginação lá no topo, puro glamour. A ganância que existe dentro do ser humano é o tapete vermelho por onde a desgraça caminha. Essa tem sido uma das causas pela queda de tantos e tantos pastores, por causa das promessas de sucesso rápido e infalível.

Renê não sabe com quem está lidando, mas é com gente!

Ele talvez ignore (não que ele seja ignorante) que cada ser humano é um universo e que as informações vão reproduzir respostas completamente inesperadas em cada um.

EU ASSISTI, na terra do Terra Nova, o “tristemunho” de uma discipuladora que, para confrontar e educar uma discípula, havia chegado à loucura de bater nela, para que a mesma parasse de falar em morrer. Esse é o argumento dos incapazes, dos que não conseguem levar cada triste, cada suicida ou deprimido às garras da graça de Cristo, mas que querem se fazer os solucionadores das misérias do povo.

Eu tenho até hoje péssimas colheitas dessa péssima semeadura, assumo meus erros e me arrependo profundamente de cada um deles:

  •  Quase perdi Jesus de vista
  • Minha família ficou relegada ao que sobrava de mim.
  • Minha filha mais velha, hoje com 23 anos, demorou um bom tempo para me perdoar por eu ter repartido a maternidade com tantas sanguessugas que me usavam para satisfazer sua sede de poder.
  • Minha mãe teve dificuldade para se abrir comigo durante muito tempo porque, segundo ela, só conseguia me ver como a Pastora dura e ditadora. Tenho lutado diariamente para que ela me veja somente como filha.
  • Fui responsável por manter minha Igreja em regime escravo (mesmo que isso estivesse numa embalagem maravilhosa), por ajudar a alimentar a ganância de muitos, por não guardá-los dessa loucura.
  • Colaborei com a neurotização da fé de muitos, por causa da perseguição desenfreada pela perfeição e por uma santidade inalcançável.
  • Fiquei neurótica eu mesma, precisando lançar mão de ajuda psicológica devido a crises interiores inenarráveis, ao passo que desenvolvia uma doença psíquica de esgotamento chamada Síndrome de Burnout*, hoje sob controle.
  • Vendi a idéia da aliança incondicional do discípulo com o discipulador, afastando sutilmente as pessoas da dependência de Deus.
  • Invadi a vida de muitos a título de discipulado, cuidando até de quantas relações sexuais as discípulas tinham por semana, sem que isso causasse ofensa ou espanto.
  • Opinei sobre o que o discípulo deveria comprar ou não, tendo “direito” de vetar o que não achasse conveniente. A menor sombra de discordância por parte do discípulo era imediatamente reprimida, sem qualquer respeito. Quando isso acontecia os demais tomavam como exemplo e evitavam contrariar o líder.
  • Aceitei que fosse tirada do povo a única diretriz eficaz contra as ciladas do diabo: a Bíblia. Não que ela não fosse utilizada, mas isso era feito de forma direcionada, para fortalecer os conceitos da Visão. Paramos de estudar assuntos que traziam crescimento para nos tornarmos robôs de uma linha de montagem, manipuláveis, dogmatizados.
  • Fomentei a disputa de poder entre os irmãos ignorando os sentimentos dos que iam ficando para trás.
  • Perdi amigos amados e sofri demais com estas perdas. Alguns criaram um abismo de medo, que é o de quem nunca sabe se vai ganhar um carinho ou um tapa, um elogio ou um peniel, mas sei que esse estigma está indo embora cada vez mais rápido. Outros me abandonaram porque não aceitaram uma Pastora normal, falível e frágil. Eles queriam a outra, a deusa, aquela que alimentava neles a fome por ídolos particulares.
Dentro da Visão, nossa Igreja esteve entre as que mais cresceram e deram certo na região, mas desistimos porque, acima de todo homem e todo método, somos escravos de Cristo.

Talvez o mais difícil tenha sido a transição do meu eu, a briga daquilo que eu era com o que sou hoje até que se estabelecesse Cristo em mim, esperança da glória.

Prossigo, perdoada pelo meu Senhor, tomando minhas doses diárias de Graçamicina, recriando meu jeito de me relacionar e compreender mais as falhas alheias e as minhas próprias.

Prossigo, reaprendendo a orar e adorar em silêncio, livre dos condicionamentos, admitindo meus cansaços, me permitindo não ser infalível, sendo apenas gente...Pastoragente!



Roselaine Perez, a pastoragente para o Genizah

terça-feira, 18 de junho de 2013

O gigante está acordando!

Levantei-me com forte propensão a participar da próxima marcha de protesto, sábado, dia 22, em Belo Horizonte. Hoje, horário do almoço, recebi do Daniel, meu filho que mora em Vila velha(ES), o texto abaixo. O Dani acaba de me encaminhar carta que recebeu de seu amigo dileto e especial, Pr. Davi Botelho. Ela reflete também a minha indignação e a de milhões de brasileiros. Vale a leitura!

Sábado, 14:00 horas, na Praça 7 em Belo Horizonte. Bora!


Carta do Dani:

A agitação perturbou nosso sono. Assustado, inclusive, o Gabriel pediu para colocar seu colchão em nosso quarto.


Cochilava na frente da TV por volta das 21:30 h de ontem, quando acordei assustado com gritos de "desliga a TV", "vem pra rua" etc. Para uma cidade relativamente pequena, uma manifestação de 20 mil pessoas é muita gente. Tem alguma coisa acontecendo neste país, e ninguém parece saber exatamente o que é, quem está por trás, nem onde vai dar.

Os manifestantes sairam da porta da UFES por volta das 17 h e seguiram por cerca de 11 Km até a casa do governador, perto de minha casa. Observei por um tempo o movimento, e algumas coisas ficaram evidentes pra mim:
• ele era absolutamente pacífico;
• não havia uma bandeira específica;
• a maioria absoluta era de jovens.

De repente, bombas de efeito moral explodiram, a concentração se tornou confusa. É claro que pessoas mal intencionadas se aproveitaram da aglomeração, e é por isto que não podemos prever onde isto vai dar.

http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2013/06/noticias/cidades/1449913-manifestacao-acaba-em-praca-de-guerra-na-porta-da-casa-do-governador.html

Se fosse mais jovem, teria me metido no meio deles.

bjs,

Dani

Carta do Pr. Davi:

Meu amigo Daniel e demais amigos copiados aqui, o sobressalto do Gabriel é o meu tbém!
Penso que essa é, no mínimo, uma grande oportunidade pra refletirmos sobre o nosso papel como cidadãos numa sociedade cada vez mais carente de referenciais saudáveis!
De verdade, vibrei pelas manifestações nas diferentes regiões de nosso País!
Como você, mano, tbém gostaria de estar lá!
Fui dormir me perguntando: por que eu não estava lá com aqueles jovens?!
Acho que, apesar da tentativa, recorrente, da mídia em tentar enfraquecer o verdadeiro ideal do movimento, o recado está dado!
Não são meros centavos a mais que estão em pauta, mas toda uma carga de exploração corrupta, de manutenção de poderes corruptos e corruptores por traz disso tudo...
Não apenas isto, não somos mais um "bando" de invisíveis, mas estamos nas ruas!!!
Não somos mais um povo que assiste ao espetáculo da corrupção e dos canalhas poderosos de braços cruzados!
Acho que a anarquia é fruto, não apenas de pessoas mal intencionadas, mas tbém de corações que não aguentam mais tanta opressão e indiferença, por parte de todo um sistema político sanguessuga, totalmente corrupto!
Tudo bem que precisamos preservar os patrimônios culturais e arquitetônicos de nossas Cidades, mas, sinceramente, fico pensando se aquele Palácio da ALERJ não precisava, mesmo, ir pro chão?!?!?!
Enquanto ele está lindo e maravilhoso, restaurado e pronto pras fotos belíssimas, mostrando a arte belíssima da arquitetura histórica de nossa Cidade Maravilhosa, hospitais em péssimo estado estão com seus equipamentos na UTI, com pessoas morrendo por falta de atendimento; professores com salários vergonhosos; serviços públicos ou privados de péssima qualidade; carga tributária atingindo índices vergonhosos; sem falar do acesso à moradia e salário mínimo que não atende às exigências constitucionais; do próprio transporte nas mãos dos empresários (cadê a nossa malha ferroviária?!?!?! Por que a gente não tem trem no Brasil?!?!?! Por que precisamos fazer tudo de ônibus ou caminhão neste país?!?!?! Quem sai ganhando e perdendo com isso tudo?!?!?!)...
Espero que possamos, de alguma maneira, engrossar esse caldo com nossos irmãos...
A propósito, no dia 25 vai ter uma manifestação aqui na Barra e espero estar no meio do povo! (fiquem atentos aos noticiários, pois vcs me verão na telinha ou "telona"!!! rsss)
Além das ruas, ainda temos esse canal aqui, da internet!
Hoje, mesmo, vou escrever no meu face e dizer o que penso!
Vou dizer isto pras pessoas, onde puder: na igreja, no meu condomínio, na sauna, na academia, na escola das crianças, pros meus amigos numa mesa de restaurante...
Vou assinar o abaixo assinado virtual que puder, pra entrar nessa luta por mudanças em nossa Nação!
Vou buscar saber de que maneira a nossa Comunidade pode se envolver mais efetivamente com essa causa... vou falar mais sobre tudo isto!!!
Apesar dos anarquistas e aproveitadores sem caráter, e de pensar que poderia ser bem diferente, estou vibrando por ver o nosso povo nas ruas!!!
Vou parar por aqui, pois já estou com as mãos tremendo, num misto de emoções: raiva e alegria; indignação e esperança...
Pra frente Brasil!!!
Gde abço
_________________
Davi Pereira Botelho

domingo, 26 de maio de 2013

De como falar e cantar em línguas



A propósito do vídeo: “Curso de como falar e cantar em línguas estranhas”

Assisti, constrangido, a dois vídeos envolvendo o dom de línguas, publicados no Facebook. No primeiro, um ladrão, preso em delegacia, responde, em “línguas”, a perguntas que lhe são feitas.Tipo simplório e mente tumultuada, certamente habituado à glossolália de cultos barulhentos. O outro, pastor, manipula, a seu belprazer, a ignorância espiritual de uma igreja modelo pentecostal. Povo simples, ausente de conteúdo e que, pouco ou nada sabendo de bíblia e de evangelho, se deixa levar pela manipulação grosseira de um carreirista da fé.

Meu primeiro contacto com o dom de línguas foi na década de 60, no avivamento conhecido como Renovação Espiritual. De início tais manifestações, ainda que recebidas com reservas, inspiravam temor e reverência. Com o passar do tempo, foram se tornando comuns e até inflacionadas. Crentes, sobretudo mulheres, que falavam em línguas e profetizavam, eram incensadas, porque tidas como portadoras de uma espiritualidade superior. Tornou-se comum figuras abastadas levarem a tiracolo, por onde andavam, “profetas” ou “profetisas” que lhes transmitiam, sempre que necessitavam, os “oráculos divinos”.

Falar em línguas e profetizar passou a conferir prestígio e vantagens, sobretudo pecuniárias. Mais rápido que se podia imaginar, o uso dos dons, línguas e profecias em especial, foi perdendo a credibilidade para se tornar motivo de brincadeiras e piadas nas rodinhas de pastores, em seus encontros de corporação. O resultado disso é o que hoje se está vendo: o cinismo, a chacota, envolvendo os sagrados elementos da fé. Ainda recente vi e ouvi um histriônico televangelista tupiniquim, entremeando sua pregação com sons ininteligíveis. Com que finalidade, eu me pergunto? Certamente para impressionar, para aumentar o cacife perante os ouvintes. E nem é preciso ter discernimento para se perceber o show. Basta uma pitada de bom senso, coisa, aliás, escassa, nestes dias de cultos catárticos e massificados.

Dons espirituais, sim, desde que manifestações genuínas do Espírito na vida de quem busque apenas a glória de Deus e a edificação do Corpo de Cristo. O que passar disso é leviandade e exibicionismo, a serviço da glória pessoal e da busca de poder e domínio sobre ouvintes crédulos e abertos à manipulação.

Uma fé lúcida e consciente nos livrará do engano, e nos conduzirá a celebrações ”racionais”, onde sagrado e profano não se misturem.

Ao Único Deus!

DnL

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Li e gostei (Texto de Pablo Massolar)


Rio de Janeiro, abril de 2013


"Deus" mandou matar 

A Idade Média, chamada também de Idade das Trevas pelos historiadores, foi profundamente manchada de sangue com a Santa Inquisição, realizada em nome do "Deus" dos "Cristãos". Milhões foram torturados, queimados vivos e mortos por aqueles que julgavam prestar serviço a Deus com tais práticas.

Embora a Bíblia contenha a Palavra de Deus revelada ao homem, ela pode se tornar a antítese dela mesma se o texto for lido sem o filtro da Graça e da Lei do Amor. O Evangelho não é a letra impressa, a língua ou tradução usada, mas sim a mensagem transmitida muitas vezes sem papel e sem tinta. O Verbo se fez carne e habitou entre nós!

As boas novas produzem verdade, autoconhecimento, libertação e vida. Do contrário, ainda que se use as Escrituras Sagradas para justificar a maldade, e muitos a usam para tal, de fato, não poderá ser chamada de Evangelho, de Palavra de Deus. Mesmo que o nome de Jesus seja utilizado e em nome dele se pregue a palavra distorcida, com acréscimos ou com engano, tal palavra jamais será a Palavra. Este falso Jesus jamais será o verdadeiro Deus e a vida Eterna. O verdadeiro Jesus se faz presente quando o Reino de Paz, Justiça e Alegria no Espírito de Deus é pregado com e na verdade por grandes e pequenos.

Uma vez alguém me escreveu dizendo que eu deveria colocar as referências e versículos bíblicos que embasam as afirmações e os textos que escrevo. Descobri que existe gente viciada no texto bíblico tal qual ele está escrito/traduzido. Não conseguem identificar uma vírgula fora dele, qualquer relâmpago ou faísca da Revelação que está muito além do texto em si.

De modo algum estou desqualificando o texto bíblico, muito pelo contrário, ele é o parâmetro, é ele quem deve orientar e balizar o que cremos e falamos. Qualquer "revelação" fora do texto, que o contradiga ou não se sustente no contexto de toda a revelação bíblica, ou ainda, que não passe pela perspectiva da Graça de Deus deve ser abandonada. No entanto, existem os "doutores da lei", aqueles que conhecem e sabem citar de memória qualquer parte das Escrituras, mas não sabem enxergar nelas a Vida, a Justificação pela Fé, a Paz e Alegria que a mensagem de Deus ao homem pode gerar. Estes acreditam que Deus é o texto.

Quem acha que a Palavra foi totalmente sequestrada e amarrada pelo texto jamais descobrirá a profundidade do que significa "Os céus proclamam a glória de Deus, o firmamento anuncia as obras de suas mãos. (...) Não há discurso nem palavras, não se ouve a sua voz. Mas por toda a Terra se faz ouvir a sua voz ".

Os viciados no Texto quase sempre se viciam também nas instituições, como se, fora delas, não houvesse possibilidade de Deus exercer misericórdia. Alguns chegam a confundir a instituição com o próprio Deus. Enchem os templos em busca de um Deus que, ironicamente, não habita em templos e catedrais feitos por mãos humanas. Enganam-se os que pensam que Deus é institucionalizável, contido por nomes, leis da física e tradições. Não creio em um Deus impessoal, em uma "força", mas eu creio no Deus que está muito além da nossa compreensão, maior até do que qualquer manifestação religiosa. Que, apesar de toda a sua incompreensível e inalcançável glória, se encarnou na história humana, se autorrevelou como Deus conosco, como o Deus que ama e vemos em Jesus. Não o Jesus do cristianismo, da instituição, mas o Jesus que tem o nome sobre todo nome, o Jesus anunciado pelos mudos e até por aqueles que não sabem o nome histórico/humano de Deus, mas sabem da vida que o indizível faz brotar em todos os que creem.

Aprenda a ler a vida (e a Palavra) com os olhos da Graça! Você descobrirá que o Eterno pode falar maravilhosa e profundamente através das coisas mais simples e naturais, até mesmo através de onde menos esperamos. O Evangelho, a Boa Notícia do amor de Deus pelo homem, está escrito não somente nas tábuas de pedra ou nas folhas de papel, mas também na arte, na música, no passeio em família, com amigos ou andando descalço na areia. O que Deus tem a dizer para você pode ser dito não somente pelos sacerdotes, igrejas ou profetas, mas através do sorriso das crianças e da dança alegre de viver a vida com a confiança inabalável e descansada no Nome e na Palavra.

O Deus da vida, que fala sem som e fora das religiões, o abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente! (Pablo Massolar - "Ovelha Magra")

sábado, 27 de abril de 2013

Um Brinde ao Cordeiro

Esse é o cenário onde vamos Celebrar a nossa Páscoa fora da data, com cordeiro assado, pão asmo, ervas amargas.. Carlos Bregantim e Jorge Camargo!! Tudo isso por apenas R$ 30, 00 reais adultos, Isento crianças até 04 anos e crianças de 05 até 12 anos pagam R$ 15,00.
Vamos divulgar, vamos participar, vamos celebrar!!!





A vida na Nova Aliança(Beneplácito Gourmet)


Tubo bem, gente?

Gostaria muito de ter todos vocês em nosso encontro de amanhã. Além de ultimar detalhes do “Brinde ao Cordeiro”, daremos continuidade às nossas reflexões sobre a vida na Nova Aliança. E sobre isso, quero dizer o seguinte:

Primeiro: Estamos falando de modo seqüencial. Portanto, para se ter uma clara compreensão do assunto, é preciso participar de todos as reflexões. Tenho pensado em  gravar as preleções, exatamente para que aqueles que, tendo perdido algum domingo, possam se manter atualizados.

Segundo: O generalizado pouco conhecimento bíblico dificulta o aprofundamento do tema. Também a nossa matriz conceitual híbrida, (graça mais lei(s)), torna o nosso desafio ainda maior. Ao longo dos anos, perdemos o foco do Evangelho e nos encharcamos de crendices, de ativismos e gratificação das emoções. Ainda assim, mercê de Deus, chegaremos lá. “Estou plenamente certo de que aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la”.

Terceiro: A compreensão do sentido e alcance da Nova Aliança, trará a alegria, o descanso e a segurança espiritual de que precisamos. Digo mesmo: é impossível que se receba a percepção da Nova Aliança e não se experimente uma outra dimensão de vida na fé. Estou absolutamente seguro disso e peço a Deus que nos faça firmes, lúcidos e conscientes de nossa posição em Cristo. Somente assim experimentaremos “a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade” e “conheceremos o amor de Cristo, que excede todo entendimento”, para que sejamos “tomados de toda a plenitude de Deus”.  É isto que quero e busco para mim e para vocês.

Portanto: Não abram mão de se fazerem presentes em nossos encontros semanais!

Um beijo e até amanhã, lá no Beneplácito.

sábado, 20 de abril de 2013

Mapa da Toca do Jacu

Brindando o Cordeiro na Toca do Jacú
01 de Maio das 9:00 as 18:00 horas
R$30,00
Participe conosco!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Phillip Yancey fala sobre Brennan Manning


philip-yancey-fala-sobre-brennan-manning
Philip Yancey
Conheci Brennan Manning na Inglaterra, durante o Festival Greenbelt, uma espécie de Woodstock cristão de artistas, músicos e palestrantes, que havia atraído vinte mil fãs, os quais acamparam em tendas e acomodações improvisadas, montadas no campo barrento de uma pista de cavalos de corrida. Brennan parecia deslumbrado com o espetáculo, e, como se fosse um comentarista esportivo, tentava explicar as sutilezas do evangelicalismo à sua esposa Roslyn, católica de berço e que não tinha a experiência dele com aquela subcultura.
Nos anos que se seguiram, não nos vimos muitas vezes, mas sempre que nossos caminhos se cruzaram, nossa amizade se aprofundou, não se contentando com a mera superficialidade. Quando ele ia para um monastério no Colorado participar de retiros espirituais, às vezes conseguia uma dispensa temporária do voto de silêncio e se encontrava comigo e com minha esposa numa sorveteria (um vício que Brennan não revela nestas páginas).
Nossos antecedentes não poderiam ser mais diferentes — um fundamentalista do sul versus um católico do norte — e, ainda assim, por caminhos distintos, nós dois topamos com um poço natural de graça e dele temos nos servido desde então. Numa tarde gloriosa de outono em Aspen, caminhávamos por uma trilha atapetada de folhas douradas, à margem de um riacho que nos acompanhava pela montanha, enquanto Brennan contava algumas histórias de sua vida: a infância sem amor, a maratona em busca de Deus, o casamento e posterior divórcio, as mentiras e as coisas encobertas, a luta contínua contra o vício do álcool.
Ao ler estas memórias, talvez você se sinta tentado, como eu me senti, a pensar p_10823da seguinte forma: “Como teriam sido as coisas se Brennan não tivesse cedido à bebida”. Insisto com você para que pense diferente: “Como teriam sido as coisas se Brennan não tivesse descoberto a graça”. Mais de uma vez vi esse duende irlandês católico encantar milhares de pessoas com a maneira nova e pessoal de contar a história que todos queremos ouvir: o Criador de todas as coisas nos ama e nos perdoa.
Brennan conhece muito bem esse amor e, sobretudo, o perdão. É possível que ele tenha descido do palco e se embebedado num quarto de hotel. Ele admite nas páginas que se seguem ter quebrado todos os dez mandamentos várias vezes (não matarás, Brennan?). E todas as vezes ele pediu perdão, arrependido diante de Deus e dos amigos, levantou-se e continuou a caminhar.
Tal como Cristão, o personagem de O peregrino, ele seguiu em frente, nem sempre tomando as decisões certas, mas respondendo adequadamente às erradas. (Afinal de contas, o próprio John Bunyan deu o seguinte título à sua biografia espiritual: “Graça abundante ao principal dos pecadores” [Grace Abounding to the Chief of Sinners].) Em determinado momento, Brennan se compara a Sansão, aquele super-homem fracassado a quem Deus, de algum modo, encontrou uma maneira de usar até mesmo no dia de sua morte.
Ao ler histórias assim no Antigo Testamento, criei um princípio simples para explicar como é possível que Deus use homens e mulheres tão imperfeitos: “Deus usa o conjunto de talentos disponível”. Vezes sem conta Brennan se colocou à disposição de Deus. Nestes últimos anos, quase cego, muitas vezes adoentado e tendo levado não poucos tombos, numa idade em que deveria estar desfrutando da aposentadoria numa praia da Flórida, ele continua a pegar o avião e a voar para toda parte, a fim de proclamar o evangelho em que crê de todo o coração, mas que nem sempre foi capaz de vivenciar.
Um milionário de Denver, depois de ouvir Brennan pregar poderosamente numa igreja local, convidou-o para que dirigisse um retiro de uma semana, no qual falaria a um grupo seleto de oito amigos seus, entre os quais eu estava incluído. Quando Brennan disse que o retiro seria silencioso, o benfeitor não gostou: “Então eu o trago de longe até aqui para aprender com a sua experiência e ele quer que fiquemos em silêncio?”. Contudo, todos nós tivemos uma hora por dia de conversa pessoal com Brennan, um tempo resumido de orientação espiritual, depois de meditar nos escritos e nas passagens bíblicas que ele nos preparava. Brennan dava duro o dia todo, enquanto nós, na maior parte do tempo, íamos para o campo ou permanecíamos em nossos quartos e meditávamos.
Como o acampamento onde estávamos não tinha instalações adequadas, íamos todas as noites ao restaurante mais próximo, um local encantador, com vista panorâmica. Na primeira noite, Brennan levou um aparelho de som portátil e fitas cassete com composições de Rich Mullins e John Michael Talbot e propôs que, durante o jantar, ouvíssemos música para meditação e prosseguíssemos com nosso tempo de silêncio. Não demorou muito, apareceu uma garçonete muito animada: “E aí, gente, tudo bem com vocês?”. Ninguém disse nada. Alguns balançaram a cabeça e sorriram discretamente.
Uma pessoa que estava no restaurante reconheceu alguém do nosso grupo e se aproximou para conversar. Os clientes das mesas próximas à nossa olhavam com ar de censura para o aparelho de som, de onde saía uma melodia que conflitava com a música de fundo que tocava no restaurante. Brennan riu, ergueu as mãos em sinal de derrota e introduziu uma regra nova: silêncio suspenso durante o jantar.
Penso nessa cena cômica quando me lembro de Brennan. Mais do que ninguém eu sei, de verdade, que ele sempre buscou uma vida pura e santa, a ponto de morar numa caverna na Espanha durante meses, trabalhando lado a lado com os pobres, fazendo voto de castidade, pobreza e obediência. Todavia, seus ideais naufragaram. Outros ruídos — o tilintar das taças de vinho, as risadas vindas de um bar, a voz de uma mulher, a perturbação de outros, em suma, a desordem da vida — interferiam sempre em sua busca santa. Os demônios internos, que ninguém pode compreender a menos que já os tenha experimentado, se erguiam e assumiam o controle.
“Tudo é graça”, conclui Brennan ao olhar para trás, para uma vida rica, mas não sem máculas. Ele pôs sua confiança na verdade fundamental do universo, que ele tem proclamado com fidelidade e eloquência.
Sendo eu escritor, todos os dias me passa pela mente que é muito mais fácil editar um livro do que uma vida. Quando escrevo sobre o que creio e como devo viver, parece tudo muito bem, tudo muito certo. Quando tento viver tudo isso, é como se o inferno em peso escancarasse suas portas. Ao ler as memórias de Brennan, observo justamente o contrário. Concentrando-se nas falhas, ele deixa de fora muitas vitórias. Eu gostaria que ele contasse as histórias que o enfocam sob uma ótica positiva, e são muitas. Ao optar por uma narrativa em que conta abertamente coisas que podem denegrir sua reputação, Brennan se apresenta como o apóstolo Paulo se apresentou um dia, como “vaso de barro”, um recipiente descartável feito de sujeira cozida. É preciso ler os outros livros de Brennan para que se tenha uma imagem completa do tesouro que há dentro desse vaso.
Um poema de Leonard Cohen retrata isso muito bem:
Toquem os sinos que ainda podem ser tocados.
Esqueçam a oferta perfeita.
Em tudo há uma fenda.
Só assim a luz pode entrar.