“Esquecendo-me das
coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão,
prossigo para o alvo”
Nova Canaã, em meus 33 anos, 4 meses e 23 dias como seu pastor titular, fez
diferença em Betim e no meio batista nacional. E como fez! Quem conhece a
história da presença evangélica em Betim, sabe disso. Pode até não dizer mas
sabe que assim é; que estou falando a verdade. Quem não se lembra dos jograis,
das cantatas, da campanha “Um só caminho”, do Congresso Nacional Feminino, dos
encontros de pastores, dos eventos de impacto em praça pública? A verdade é que
a presença evangélica em Betim pode ser dividida em antes e depois de Nova
Canaã. O trabalho social do Ponto de Contacto no município e na comunidade quilombola Pacui II, em pleno agreste mineiro, é
simplesmente extraordinário. Sem descurar a pregação do Evangelho, barracos
miseráveis de pau-a-pique vão sendo derrubados e, em seu lugar, casas dignas
são construídas, na compreensão de que onde o evangelho chega, vidas e estilos
de vida precisam ser transformados. A besteirol em cima de Nova Canaã, da
minha pessoa e de minha família, todos, já por anos distantes da mesma e vivendo uma
outra realidade, implica em algo mais que a zoeira de caráter moral e
patrulhesco, escondida na fraqueza moral do anonimato(1), típico de quem não é capaz de olhar de frente, bem
dentro dos olhos.
Mantenho “ipsis litteris”, o que disse em
“Avaliando e reavaliando”, sobre Nova Canaã. Cada palavra e cada frase do
referido texto refletem as minhas preocupações que, espero sinceramente, não
venham a se confirmar. Qualquer que seja, no entanto, a situação, continuarei tendo dela as mais gratas recordações, mesmo
daqueles dias e noites de soturnos temores, prenuncio de vendavais e tsunamis
que se avizinhavam. Afinal, a meia-noite está sempre a proclamar que um novo
dia está chegando e que logo os albores infindos estarão novamente tingidos de
rosicler.
Para poupar trabalho à fértil
imaginação de eventuais detratores, digo que o meu afastamento ministerial de
Nova Canaã não admite, em nenhuma situação
e circunstância qualquer recuo, qualquer
possibilidade de retorno. C’est fini. Acabou!
É história. Não mais teria a menor lógica e o menor sentido. Um beócio anônimo
imaginou-me arrependido e com íntimo desejo de retorno. Se me conhecesse,
jamais diria tamanha bobagem. É completamente outra, hoje, a minha compreensão
de igreja, de relevâncias e, mesmo, de ministério. Estou longe de estruturas e
empresas religiosas. Também não faço parte do circuito gospel. Nunca fiz! Não
estou na corrida do ouro( vil metal,
é o que essa gente mais gosta!) e nem participo da olimpíada da fé. O meu
conceito de igreja e de caminhada de fé está exposto na “Mensagem Fora do Arraial”,
escrita a três ou quatro anos e, agora, disponível aqui no blog. Também nos
próximos dias estarei informando sobre a Comunidade (ou Comunidades) Fé
Consciente. É só aguardar.
Finalmente, chegaram-me
algumas(pouquíssimas) cartas anônimas, de conteúdo crítico mas em linguagem
nobre e respeitosa. Contrariando parte do que disse anteriormente, vou
publicá-las, na compreensão de que os autores, por alguma razão bem pessoal e
específica, preferiram o anonimato. Anônimas ou não, cartas ofensivas e com o
claro propósito de achincalhar, sobretudo a terceiros, serão de imediato deletadas.
Críticas e discordâncias são necessárias e serão bem-vindas; agressões,
sobretudo anônimas, não. É lixo. E lugar de lixo é na lixeira.
Consummatum est!
Abração,
Dnl
(1) Um anônimo não muito anônimo, visto que, em
português canhestro, sequer soube disfarçar sua identidade, defendeu o seu
“direito garantido na constituição brasileira de me expressar no sagrado
anonimato(sic)”. Bem traduzido: “A
constituição brasileira me garante o direito do ‘sagrado anonimato’ de ser mau
caráter e disso eu não abro mão. De jeito nenhum”. É isso ai, estrangeiro naturalizado
brasileiro!
Pastor,
ResponderExcluirrealmente é um caminho sem volta...
Forte abraço!
p.s. quero ressaltar que nossa Constituição prevê o seguinte, no artigo 5.°, quanto à manifestação do pensamento:
"IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo VEDADO O ANONIMATO (grifo meu)"
Concordo plenamente com o texto e com o comentário da Daniela, realmente nao tem mais volta...
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