Total de visualizações de página

sábado, 5 de abril de 2014

Fé - felicitas - felicidade


Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado. Todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. (Hab.3:17,18)
.
Normalmente a compreensão se tem de felicidade está ligada a fatores externos e conjunturais de nossas vidas, a partir do cotidiano de cada um. Então, se o casamento vai bem, se o time do coração está na ponta(de cima, é claro!), se não sobra mês no final do salário, os filhos estão bem na escola, a família vai bem de saúde; se assim é ou está sendo, somos felizes. Em contrapartida, se o casamento está mal, o noivado acabou, o salário não deu, o time está a caminho da segunda divisão( o meu América sempre luta para não cair para a terceira!), o filho está envolvido com drogas, etc., Quanto sofrimento! Somos infelizes! Temos todos os motivos do mundo para ser.

Percebemos que Deus nem sempre dá felicidade a seus filhos, no sentido de circunstâncias perfeitas. A rigor, Jesus, ao nos livrar da “felicidade”(sensação de bem-estar, baseada nas circunstâncias da vida), nos livra, também, da infelicidade, resultante de circunstâncias adversas. Deixamos de ser escravos dos acontecimentos. E livres da infelicidade, não mais precisaremos de escapismos; de ficar fugindo da vida. Tornamo-nos capazes de encará-la de frente. Como ela é. Deixamos de imaginar felicidade em termos de pessoas, de relacionamentos, de planos e circunstâncias sempre se encaixando naquilo que gostaríamos. Até porque, a vida não é assim. 

A Bíblia fala de homens e mulheres que tiveram que caminhar na contramão e, em razão disso, atraíram para si mesmos sofrimentos de toda ordem. Estêvão, Paulo, os heróis da fé, de Hebreus 11, são bons exemplos. Neemias, tendo diante de si uma Jerusalém devastada, foi capaz de dizer: “A alegria do Senhor é a nossa força”(8:10); Paulo, que nada tinha de masoquista, declarou sentir prazer nas próprias fraquezas. O místico Sundhar Singh, nascido em berço de ouro mas expulso de casa em razão de seu impressionante encontro com Cristo, teve que dormir, em sua primeira noite fora de casa, em cima de uma árvore, apoiado em um galho. Posteriormente veio a afirmar: ”Aquela foi a primeira noite que passei no céu”!
A conclusão obvia é que a fé nos traz uma nova compreensão de felicidade. Uma dimensão de vida que não depende dos eventos e das pressões à nossa volta. Ela enxerga mais longe e constata que Deus é sempre bom e que toda e qualquer circunstância da vida vai cooperar, em última análise, para o nosso fortalecimento - não importando as aparências.

Abração!

Nenhum comentário:

Postar um comentário